Como a grafologia pode auxiliar o RH em uma instituição de Saúde Mental

Técnica que permite identificar características de comportamento, conjunto de habilidades e atitudes que determinam a personalidade humana, a Grafologia é uma ferramenta valiosíssima que auxilia em diversas áreas do conhecimento.

Seja para conduzir processos dentro da dinâmica da organização, seja para apoiar na busca de talentos para fazer parte do time, auxilia, inclusive, em grandes desafios, especialmente no contexto atual, onde vivemos uma era onde grande parte das pessoas buscam mais “parecer” do que “ser”.

O relato deste artigo é um compartilhamento de informações da nossa aluna do Nível III da formação, Andréa Bancillon de Aragão, Gerente de RH em uma instituição de Saúde Mental na cidade de Salvador, Bahia. A partir dele você vai entender a importância da Grafologia para a Saúde Mental, principalmente considerando sua experiência em uma instituição voltada à esta área. Boa leitura!

Saúde mental, o mal do século:

Falar sobre saúde mental é falar sobre cuidados básicos com o nosso ser. Ela está relacionada com todo o funcionamento do nosso corpo e uma saúde mental desequilibrada costuma inclusive trazer sintomas físicos. E muitas vezes acaba por ficar em segundo plano, abrindo lugar para outros problemas.

Estima-se que em cada 100 pessoas 30 sofram, ou venham a sofrer, num ou noutro momento da vida, de problemas de saúde mental e que cerca de 12 tenham uma doença mental grave. A depressão é a doença mental mais frequente, sendo uma causa importante de incapacidade. Em cada 100 pessoas, aproximadamente, 1 sofre de esquizofrenia.

Mas se afastar do problema no dia a dia não é fácil. Por esse motivo, é importante encontrar ferramentas que auxiliem os pacientes e os profissionais que cuidam destes indivíduos.

Você pode conhecer o conceito correto de saúde mental aqui.

Você é o que você mostra?

A fábrica de ilusões da vida perfeita exibida em alguns perfis das redes sociais na internet, reforçam a sensação de que a grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa; que nós poderíamos estar onde não estamos; fazer o que não fazemos; comprar o que não precisamos.

Busca-se mostrar de todas as formas que vivemos de maneira plena. Mas e a essência do indivíduo, onde fica? Como podemos entender a dinâmica da personalidade destas pessoas? E como identificar os talentos e potencialidades de cada um, na sua forma mais plena, mais espontânea?

Uma das possibilidades são os inúmeros testes de personalidade que existem disponíveis no mercado. São ferramentas comprovadas cientificamente e com resultados validados. Mas temos que considerar o custo de aplicação destas ferramentas. E mais: se olharmos para a dinâmica da personalidade do indivíduo, será que não ficaremos limitados em definir que ele se encaixa em uma determinada categoria, deixando de explorar outros aspectos mais relevantes?

E onde a grafologia entra neste contexto?

É neste momento que a Grafologia entra! A técnica não se limita, ela permite um olhar completo para o comportamento humano, sem rotular o indivíduo, desde que utilizada por um profissional qualificado para tal.

“Durante a minha vida profissional, sempre desejei adentrar neste universo fabuloso da Grafologia. Aprendemos a técnica e nos compreendemos enquanto indivíduos. Hoje atuo em uma instituição de Saúde Mental e a Grafologia é um grande apoio para o meu trabalho, especialmente para os processos seletivos pela sua simplicidade em termos de custo e de tempo”, diz Andréa.

O foco da instituição é o cuidado com os pacientes que têm transtorno mental. E como identificar talentos em indivíduos que estejam preparados para lidar com esse tipo de doença? Neste caso, não se busca pessoas com conhecimentos técnicos relevantes para seguir protocolos rígidos para manejar uma doença com aspectos clínicos. São pacientes que fisicamente podem até não demonstrar sintomas da doença, mas manifestam os sintomas no comportamento.

Andrea complementa: “A nossa estratégia é buscar profissionais com habilidade para cuidar de pessoas, sem necessariamente ter qualquer experiência prévia, pois entendemos que o desafio é manter-se saudável para garantir um serviço de excelência. A nossa jornada nesta incessante busca pela excelência começa por esse olhar atencioso às pessoas, afinal são os nossos profissionais que proporcionarão ao paciente e seus familiares a real percepção deste conceito. E para isso, precisamos de algumas respostas antes de colocar estas pessoas na linha de frente, precisamos ter as respostas para alguns “como´s?”

Exemplo práticos:

• Como avaliar com mais profundidade aspectos relevantes em relação à saúde do profissional
• Como saber como ele interage em grupo
• Como saber se diante de um cenário desafiador, ele tem repertório suficiente para manejar suas emoções de maneira eficaz
• Como avaliar aspectos do comportamento que permitam que este indivíduo esteja vivendo seu potencial pleno de trabalho
• Essas são algumas perguntas que podemos responder através dos gêneros pressão, forma, inclinação, direção, dentre outros...

É definitivamente uma ferramenta valorosa! E, se aplicada por um profissional preparado, ético e experiente, combinando as percepções de entrevistas, estamos diante de um grande mapa potencial do candidato.

“Aqui onde atuo, também utilizamos a grafologia como ferramenta de apoio para processos de promoção. Assim, podemos fazer uma comparação de como estava o profissional quando ingressou na empresa e como foi se desenvolvendo ao longo da trajetória na organização. Tivemos um case de processo seletivo interno em que tínhamos dois candidatos potenciais e um que se destacava bastante tecnicamente. Através da Grafologia, percebemos que as suas emoções estavam interferindo em sua conduta naquele momento. Sem o apoio desta ferramenta, talvez tivéssemos ignorado isso. Mas com o apoio da Grafologia, pudemos explorar e apoiá-lo naquele cenário. Corríamos o risco de perder um profissional com conhecimento técnico relevante ao promovê-lo a líder. Mas decidimos seguir em frente e hoje, apesar de ter sido algo recente (menos de um ano), temos certeza que fizemos a melhor escolha, garantindo o desenvolvimento de um grande talento.” - Conclui Andréa.

Grafoterapia

Neste artigo falamos recentemente inclusive sobre a Grafoterapia, realizada pelo Grafoanalista a fim de auxiliar o indivíduo a buscar um maior equilíbrio psicomotor. Age de forma a criar reflexos condicionados no sistema nervoso do indivíduo e atua, segundo especialistas como Dr. Camille Streletski, nas glândulas endócrinas, regulando assim o organismo, possibilitando mudanças e um novo equilíbrio neurofisiológico, visando a plena saúde mental. É importante ressaltar que quando o Grafoanalista trabalha com a grafoterapia, não atua ou não interfere diretamente na escrita. Seu objetivo é implementar novos padrões via gestos e exercícios gráficos que impactarão na conduta e, consequentemente, na mudança da escrita. É um processo que envolve uma avaliação grafológica inicial e um planejamento das sessões subsequentes, projetadas de acordo com as necessidades apresentadas pelo escritor. Este profissional deve ter amplo conhecimento em Grafologia, sobre o desenvolvimento psíquico e a dinâmica da personalidade, uma vez que irá interferir por meio de estímulos gráficos com o objetivo de reestruturar este sistema. E neste sentido, reforçamos mais uma vez a importância de uma boa formação como Grafoanalista! Recentemente publicamos um artigo sobre este assunto, vale a pena conferir aqui.

Conheça então os melhores nichos para trabalhar como grafólogo:

• RH / Gestão de Pessoas: identifica competências, aspectos psicológicos e comportamentais, áreas de atuação, talentos; eleva acerto nas decisões, diminui erros e custos;
• Perícia Grafotécnica: Facilita o processo da peritagem com o conhecimento da grafologia na formação em grafotecnia;
• Reeducação Gráfica: Objetiva as mudanças no indivíduo à busca do equilíbrio neurofisiológico;
• Coaching: Oferece dados sobre a personalidade do cliente para direcionamentos do processo;
• Grafologia Infantil: Aplicada pelos profissionais da educação como apoio no desenvolvimento infantil e na problemática cognitiva/emocional;
• Clínica terapêutica/psicanalítica: Como apoio no direcionamento do processo e na mobilização de conteúdo, principalmente com pacientes com racionalização dominante;
• Neurociência: Permite o estudo das palavras escritas associadas às expressões emocionais do sujeito;
• Prevenção à saúde: No trabalho de autoconhecimento com encaminhamentos clínicos e para realização de diagnóstico médico;
• Publicitária: Na adequação dos símbolos gerais face ao objetivo do negócio.
• E tem mais: áreas como musicoterapia e pesquisa também são promissoras.

Independente da área de aplicação, aposte na Grafologia como metodologia de apoio confiável!