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Conheça os 5 grandes mestres precursores da Grafologia


Para os estudiosos e adoradores da Grafologia, é sabido que muitos nomes fizeram história nesta área ao longo dos séculos, culminando na técnica que empregamos atualmente. Sendo a partir de descobertas pioneiras ou complementando estudos iniciados por outros profissionais, seus papeis neste cenário contribuíram de maneira definitiva para que a técnica fosse conhecida e aplicada corretamente! Se antes deste aprofundamento você tem dúvidas sobre o que é grafologia, conheça os segredos da análise grafológica e o que ela diz sobre você.

Neste artigo destacamos 5 grandes nomes que para nós foram os grandes precursores da técnica. Veja que curioso: com teorias diferentes, sem um ao menos conversar com o outro, chegaram à mesma conclusão, foi o que aconteceu entre Max Pulver e Girolamo Moretti.

Vem conhecer um pouco destas histórias inspiradoras.

Jean Hippolyte Michon

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Jean Hippolyte Michon (1806-1881), abade, botânico de renome, historiador, teólogo e arqueólogo, foi o fundador da escola francesa de grafologia e é o precursor da ciência grafológica, considerado o real fundador da interpretação caracterológica dos signos gráficos, a qual denominou “grafologia”.

Colecionou durante anos escritas diversas e elaborou um sistema grafológico baseado na comparação dos traços de caráter com sinais gráficos. Escreveu o livro “Système de Graphologie” (1875) que deu o nome à ciência. Antes de Michon podemos dizer que a grafologia era intuitiva, ou seja, não havia um sistema de estudo científico estabelecido. Seu trabalho foi buscar esta sistematização na compreensão e organização do olhar para os signos gráficos.

Em 1871 fundou a Sociedade Francesa de Grafologia e o jornal “La Graphologie”, ambos ainda hoje presentes e atuantes. O dia do Grafólogo é comemorado internacionalmente na data do seu nascimento, 21 de novembro. Escreveu outros livros expressivos na área, como “La méthode pratique de Graphologie“ e “La Graphologie ou l’art de reconnaître les hommes par l’écriture“.

Jules Crépieux-Jamin

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Nascido em Arras, 1859, na França, Jules Crépieux-Jamin faleceu em 24.10.1940. Trabalhou como dentista, violinista e apicultor. A maior parte da vida profissional dedicou ao estudo da Grafologia a partir do momento em que conheceu a obra de Michon (1806-1881). Analisou e fez revisões técnicas e o reagrupamento dos sinais, sobretudo, estruturou o método em Gêneros, Espécies e Modo, utilizado até os dias atuais.

Jamin entendia a necessidade da atualização contínua do método. A obra principal do grande Mestre foi o ABC da Grafologia (1929) na qual apresentou o sistema de classificação em 07 categorias em que 175 sinais gráficos se agrupavam. Sustentou a importância do entendimento de que nenhum signo é fixo, portanto, com interpretação relativa dada a necessidade de correlacionar outros sinais presentes na escrita.

A contribuição de Jamin à Ciência da Grafologia eleva a seriedade da metodologia de avaliação na qual nos apoiamos e prosseguimos com a prática.

Este é um estudo que demanda aprofundamento na formação de um grafoanalista!

Frei Girolamo Moretti

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Frei Girolamo Moretti (1879-1963) nasceu na Itália e desde jovem intuiu através da letra os movimentos do autor de uma carta, seu modo de rir, de andar, de reagir.

Seu primeiro contato com a grafologia foi com a técnica francesa de Crèpieux-Jamin e a refuta, pois segundo ele era ‘catalogada’, sistematizada. Sua grafologia lhe era natural, intuitiva. Decide então construir sua própria técnica baseada nessa intuição e a fez de tal forma que afirmava estar convencido de que “a Grafologia é a minha grafologia”.

Escreveu quinze obras, das quais o Tratado de Grafologia (1914) foi a principal, aprimorada e reeditada até a oitava edição (1985) e é a ‘bíblia’ da grafologia morettiana. Além disso, conseguiu conciliar um método matemático com a maleabilidade da psicologia, apontou o âmago do homem através da estrutura da sua escrita baseada nas curvas e ângulos, portanto em seu movimento. Também hierarquizou os signos em substanciais, modificantes e acidentais, que formam o caráter impetuoso, o que resiste, o que aguarda, e, finalmente, o que se deixa levar (Assalto, Resistência, Espera e o que Cede).

Ele abarcou o ser humano através da Inteligência e o Sentimento.

Ludwig Klages

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Friedrich Konrad Eduard Wilhelm Ludwig Klages (1872-1956) nasceu em Hannover, na Alemanha, órfão de mãe aos nove anos de idade. O relacionamento com o pai era tenso em razão do rigor em discipliná-lo e recebeu uma educação clássica com a qual desenvolveu interesse pela poesia.

Embora tenha formação superior em química, seu rumo profissional começa a se transformar quando conhece o poeta Hans Busse, fundador do Instituto de Grafologia Científica, em Munique. Assim, em 1896, Klages, Meyer e Busse fundaram uma nova instituição grafológica, Sociedade Grafológica Alemã. Doutor em Filosofia, o modo de pensar se identificava com Friedrich Nietzsche.

Entre as obras que escreveu, constam: Os problemas de Grafologia (1910), a mais clássica A Escrita e o Carácter (1917) e Introdução à Psicologia da escrita à mão (1924).

Klages criou o conceito de Nível de Forma, do Ambiente positivo e negativo de um grafismo, e se dedicou ao estudo sobre Ritmo. Para ele o ritmo é pessoal e intransferível, a verdadeira expressão da intensidade da vida e da irradiação da personalidade. Afirmava que cada signo possuía vários significados, associados ao ritmo pessoal da escrita.

Contribuiu também com os conceitos de Regularidade e Proporção, elevando a Grafologia como ciência, que passa a ser ensinada na Universidade, na Alemanha.

Max Pulver

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Max Albert Eugen Pulver (1889–1952) é uma figura de máximo destaque no meio da grafologia! Filósofo, psicanalista, escritor e grafólogo suíço, ensinou a técnica no Instituto de Psicologia Aplicada de Zurique e posteriormente fundou a Sociedade Grafológica da Suíça, do qual foi presidente até a sua morte.

Considerado, segundo Augusto Vels, um dos gênios mais profundos da Grafologia moderna, sua maior contribuição foi a exploração consciente e metódica do simbolismo do espaço gráfico, aplicável às mais variadas criações das artes visuais, além da escrita.

Para Gustave-Edouard Magnat, grafólogo Suíço, “parece haver inaugurado e ao mesmo tempo, haver levado à sua mais perfeita expressão à grafologia científica.” Sua grande obra “O simbolismo da escrita”, foi publicada em 1931, mas outros livros relevantes também merecem destaque, entre eles: “Instinto e Crime na Escrita” e “Inteligência na expressão gráfica”, ambos de 1948.

Considerado o maior de todos os grafólogos segundo Maurice Delamain, ex-presidente da Sociedade Francesa de Grafologia, teve sua análise baseada na teoria do inconsciente coletivo de Jung, desenvolvendo a interpretação psicológica do simbolismo do espaço gráfico e introduzindo as técnicas psicanalíticas no estudo da escrita.

Inspirador conhecer histórias tão ricas não? E acredite, este é um resumo tão breve que foi difícil para nós destacarmos os pontos mais relevantes de cada personalidade. Mas o intuito é, além de inspirar, promover a curiosidade para que você busque saber mais sobre cada um dos grandes precursores da Grafologia.

Pois é, escrever é um ato de elaboração interior que transforma, sem nenhuma necessidade de “interpretação”, porque simplesmente acontece! Saiba um pouco mais sobre as diversas áreas de aplicação da Grafologia.

Existem outras personalidades que fizeram história na Grafologia a partir do estudo destes 5 grandes mestres. Em breve um novo artigo com uma breve história sobre cada um deles, acompanhe.

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